30 de novembro de 2011

Nanotecnologias ao serviço da população

Fonte: Insights Magazine (IFPRI)

O desenvolvimento das tecnologias postas ao serviço das populações e da satisfação das suas necessidades básicas é algo que parece consensual e desejável. Este artigo da revista Insights, explora o mundo desconhecido das nanotecnologias e dos efeitos ainda desconhecidos que a sua utilização pode implicar para as populações dos países em vias de desenvolvimento.

A diáspora chinesa e indiana


Fonte: The Economist

25 de novembro de 2011

Produtos alimentares mais caros

Fonte: Insights Magazine (IFPRI)

Uma infografia sobre o impacto da subida do preço dos alimentos no rendimento e no consumo alimentar das famílias dos países menos desenvolvidos.

24 de novembro de 2011

"Sai um café para a mesa do canto"

Café s.f.f.

Um dos recursos criados pela OIKOS acerca da importância da economia do café.

Pegada Humana


Um excelente documentário, Human Footprint (Pegada Humana), sugerido por José João Oliveira, que passou na RTP2. Com legendas e excelente qualidade imagem e som, tem a chancela da National Geographic. 


Trata-se de um documentário, repartido em vários episódios, acerca da pegada que cada humano deixa desde o seu nascimento até à sua morte. Apesar de ser referenciado a um norte-americano, consegue-se ver o excesso de recursos e o desequilíbrio que existe cada vez mais neste planeta que é a nossa casa.

Aqui ficam duas ligações para descarregar em dois episódios (Episódio 1 e Episódio 2)

O ambiente, ontem e hoje


Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa:

- A senhora deveria trazer as suas próprias sacolas para as compras, uma vez que os sacos plásticos não são amigos do meio ambiente.

A senhora pediu desculpas e disse-lhe:

- No meu tempo não havia esta "onda verde"!

O empregado respondeu:

- É o problema actual, minha senhora! A sua geração não se preocupou suficientemente com o nosso meio ambiente.

- Pois, responde a velha senhora, a nossa geração não se preocupou devidamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, de refrigerante e de cerveja eram devolvidas à loja que as reenviava à fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reutilização e eles reutilizavam-nas inúmeras vezes.

"Realmente não nos preocupávamos com o meio ambiente. Subíamos as escadas porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Íamos às compras a pé, em vez de utilizar o nosso carro de 300 cavalos de potência para nos deslocarmos ao quarteirão mais perto.

"Tem razão. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebés eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. A energia solar e eólica é que secavam as nossas roupas e não estas máquinas bamboleantes de 220 volts. Os pequeninos utilizavam as roupas que tinham sido dos irmãos.

"Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Só havia uma televisão ou rádio em casa e não uma televisão em cada quarto. Esta tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um "telão" do tamanho de um estádio que depois será descartado mas como?!

"Na cozinha, batíamos tudo à mão. Não havia máquinas eléctricas! Quando embalávamos algo frágil para o correio, usávamos jornal amarrotado para protegê-lo, não "plástico bolha" ou "pellets" de plástico que duram cinco séculos a degradar-se! Não se usava um motor a gasolina a não ser para cortar a relva Era utilizado um cortador que exigia músculos! O exercício era extraordinário e não era necessário ir ao ginásio usar tapetes rolantes que também funcionam a electricidade.

"Tem razão: naquela época não havia preocupação com o meio ambiente. Bebíamos directamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas que agora povoam os oceanos. Relativamente às canetas: recarregávamo-las com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar outra. Abandonámos as navalhas, em vez de deitar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficava sem corte.

"Na verdade, tivemos uma "onda verde". As pessoas apanhavam o autocarro e os meninos iam de bicicleta ou a pé para a escola, em vez de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos apenas uma tomada em cada quarto e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a quilómetros de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.

"Então, não é risível que a actual geração fale tanto em meio ambiente mas não queira abrir mão de nada e não pense em viver um pouco como na minha época?
(recebido por email)

23 de novembro de 2011

Por terras nórdicas

Fredrikstad (Noruega)

De hoje até domingo, estarei por aqui, para mais uma visita de estudo do âmbito do projeto Comenius "How big is your foot?", e mais uma vez na companhia de vários alunos e professores. Cumprir-se-à um antigo desejo.

Visita aérea (virtual) a New York

21 de novembro de 2011

O Ártico

Há uns dias atrás fiz aqui referência a um sítio sobre o "oceano gelado", um projeto Digital Explorer, com recursos variados sobre o Ártico. Um dos recursos que mais podem interessar aos professores de Geografia é este caderno com planos de aulas sobre esta temática, o qual pode ser descarregado aqui.



Muitos e bons recursos


E tenho pena de não poder citar Ratzel na língua original….

E tenho pena de não poder citar Ratzel na língua original….
 
O que é a corografia? Era uma das 20 questões que, há poucas semanas um Geógrafo, colocava na Revista Visão. Quem se lembraria disso…. Pois nem corretor ortográfico do Windows reconhece a palavra… Mas os Geógrafos sabem e sabem-no desde a Antiguidade, quando os primeiros “cientistas” estudavam diferentes áreas do saber, como a Matemática, a Geografia,  a Astronomia, a História e a Filosofia, entre outras. Porque a ciência é feita por homens, logo tudo o que diz respeito ao  Homem, ao meio onde vive, aos artefactos que produz, à sua constituição física e fisiológica, à sua mente, ou à forma e às razões como se organiza (financeiramente, espacialmente, socialmente…) fazem parte do conhecimento científico. 

Qual é mais importante?
 
O que é mais estruturante? Saber as leis da  atração universal  ou saber  os princípios  de organização do espaço? Qualquer cientista de cada uma das áreas defenderá a sua disciplina, o seu saber. Mas para quem é leigo nessas matérias, provavelmente, gostaria antes de saber como poderiam as duas servir para criar um conhecimento mais integrador, mais completo e porventura mais eficaz. Por isso, quando se fala em disciplinas estruturantes ou não  estruturantes …nada disso tem sentido, o que tem sentido é ter conhecimento e conhecimentos estruturantes. 

Que me digam que os programas do ensino básico e secundário, estão desadaptados, são incongruentes, repetitivos e pouco estruturantes, aceito e aclamo. Agora que se pretenda que há ciência e  línguas de  primeira de segunda e de terceira categoria, já não aceito nem subscrevo. Num mundo, e em particular num país em crise, pode-se cortar em tudo, excepto na educação e penso que é nestes momentos de crise, como aliás, sempre, neste caso a História que nos diga, que surgem as oportunidades para fazer as mudanças “estruturais” que vão originar o conhecimento “estruturante”. A oportunidade é única (quer dizer, em Portugal não é tão única quanto isso, pois passámos mais de 800 anos em crise, que  parece ser
sistemática, sistémica e talvez mesmo estruturante!).
 
Tem de haver mudanças, mas as mudanças têm de ser de paradigma e não de corte e cola ou de como dizia a minha avó quando aprendia a fazer renda, “põe-se aqui tira-se ali,  fica além roto”. Os cortes nas disciplinas não estruturantes vão fazer isso. O futuro vai ficar muito, muito roto.

Se se quer fazer alguma coisa, junte-se todos os “cientistas”, em pé de igualdade, sentem-nos à mesma mesa e obriguem-nos objectivamente a decidir o que é estruturante, com cedências e contributos de todos.
É difícil, mas quem disse que o conhecimento e o entendimento são fáceis? Mas não se escudem na crise, para atabalhoadamente, cortar a eito sem saber por onde, como aliás tem sido norma dos últimos anos. Para uns todos os professores são maus e não servem para nada, para outros há os de 1ª (coloco estes em numeração árabe) e os de segunda (e os outros, por extenso).

Qual a língua em que se expressou, e quem foi Ratzel?  Pergunte a um Geógrafo!
 

18 de novembro de 2011

Chocolate negro




(Sugestão de José João Oliveira)

Corrupção

Fonte: The Economist

Cicatrizes industriais


"Industrial scars" merece uma visita pela espetacularidade das paisagens que estão retratadas, apesar de marcadas pelos efeitos nefastos da ação humana. Tratam-se de imagens de satélite sobre a poluição causada na terra e no mar por actividades industriais e de extração de recursos minerais. A partir daqui.

16 de novembro de 2011

O acesso à água

Natwarghad (Índia). Via Twisted Sifter

Coversor de fusos horários

World Time Buddy é, como anunciado no próprio sítio, um recurso "ridiculamente fácil para converter fusos horários". Basta escolher as cidades que se pretendem comparar e a visualização é extremamente simples. Útil para turistas, amantes de jogos de futebol ou outros eventos. Aqui.

7 de novembro de 2011

As fronteiras da Palestina

Fonte: GOOD

IDH 2011

Fonte: The Economist

Depois de ter sido publicado o Relatório do Desenvolvimento Humano 2011, no passado dia 2 de Novembro, a revista The Economist divulga um gráfico síntese do IDH para alguns países do mundo, no topo, no meio e no fundo da escala. Portugal surge em 2011 no 41º lugar (0,809), uma posição abaixo da que ocupávamos em 2010. Apesar de termos melhorado o valor do índice (+0,001), outro país nos ultrapassou.

6 de novembro de 2011

Índice de Desenvolvimento Humano 2011


No Público online, uma tabela interativa com o resumo dos resultados do IDH 2011 e a comparação com os dados de 2010. O documento original pode ser descarregado aqui.

2 de novembro de 2011

A importância (mais do que evidente) da Geografia

Cartoon do Luis Afonso, no jornal Público.

Crónica-homenagem


"Os Professores

O mundo não nasceu connosco. Essa ligeira ilusão é mais um sinal da imperfeição que nos cobre os sentidos. Chegámos num dia que não recordamos, mas que celebramos anualmente; depois, pouco a pouco, a neblina foi-se desfazendo nos objectos até que, por fim, conseguimos reconhecer-nos ao espelho. Nessa idade, não sabíamos o suficiente para percebermos que não sabíamos nada. Foi então que chegaram os professores. Traziam todo o conhecimento do mundo que nos antecedeu. Lançaram-se na tarefa de nos actualizar com o presente da nossa espécie e da nossa civilização. Essa tarefa, sabemo-lo hoje, é infinita.
O material que é trabalhado pelos professores não pode ser quantificado. Não há números ou casas decimais com suficiente precisão para medi-lo. A falta de quantificação não é culpa dos assuntos inquantificáveis, é culpa do nosso desejo de quantificar tudo. Os professores não vendem o material que trabalham, oferecem-no. Nós, com o tempo, com os anos, com a distância entre nós e nós, somos levados a acreditar que aquilo que os professores nos deram nos pertenceu desde sempre. Mais do que acharmos que esse material é nosso, achamos que nós próprios somos esse material. Por ironia ou capricho, é nesse momento que o trabalho dos professores se efectiva. O trabalho dos professores é a generosidade.
Basta um esforço mínimo da memória, basta um plim pequenino de gratidão para nos apercebermos do quanto devemos aos professores. Devemos-lhes muito daquilo que somos, devemos-lhes muito de tudo. Há algo de definitivo e eterno nessa missão, nesse verbo que é transmitido de geração em geração, ensinado. Com as suas pastas de professores, os seus blazers, os seus Ford Fiesta com cadeirinha para os filhos no banco de trás, os professores de hoje são iguais de ontem. O acto que praticam é igual ao que foi exercido por outros professores, com outros penteados, que existiram há séculos ou há décadas. O conhecimento que enche as páginas dos manuais aumentou e mudou, mas a essência daquilo que os professores fazem mantém-se. Essência, essa palavra que os professores recordam ciclicamente, essa mesma palavra que tendemos a esquecer.
Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios, contra o nosso futuro. Resistindo, os professores, pela sua prática, são os guardiões da esperança. Vemo-los a dar forma e sentido à esperança de crianças e de jovens, aceitamos essa evidência, mas falhamos perceber que são também eles que mantêm viva a esperança de que todos necessitamos para existir, para respirar, para estarmos vivos. Ai da sociedade que perdeu a esperança. Quem não tem esperança não está vivo. Mesmo que ainda respire, já morreu.
Envergonhem-se aqueles que dizem ter perdido a esperança. Envergonhem-se aqueles que dizem que não vale a pena lutar. Quando as dificuldades são maiores é quando o esforço para ultrapassá-las deve ser mais intenso. Sabemos que estamos aqui, o sangue atravessa-nos o corpo. Nascemos num dia em que quase nos pareceu ter nascido o mundo inteiro. Temos a graça de uma voz, podemos usá-la para exprimir todo o entendimento do que significa estar aqui, nesta posição. Em anos de aulas teóricas, aulas práticas, no laboratório, no ginásio, em visitas de estudo, sumários escritos no quadro no início da aula, os professores ensinaram-nos que existe vida para lá das certezas rígidas, opacas, que nos queiram apresentar. Se desligarmos a televisão por um instante, chegaremos facilmente à conclusão que, como nas aulas de matemática ou de filosofia, não há problemas que disponham de uma única solução. Da mesma maneira, não há fatalidades que não possam ser questionadas. É ao fazê-lo que se pensa e se encontra soluções.
Recusar a educação é recusar o desenvolvimento.
Se nos conseguirem convencer a desistir de deixar um mundo melhor do que aquele que encontrámos, o erro não será tanto daqueles que forem capazes de nos roubar uma aspiração tão fundamental, o erro primeiro será nosso por termos deixado que nos roubem a capacidade de sonhar, a ambição, metade da humanidade que recebemos dos nossos pais e dos nossos avós. Mas espero que não, acredito que não, não esquecemos a lição que aprendemos e que continuamos a aprender todos os dias com os professores. Tenho esperança."
Cronica de José Luís Peixoto na "Revista Visão" de 13.10.2011

Já faltou mais...


A queda de uma arriba em direto


Via Alan Parkinson.

Do ovo à cidade


Uma interessante analogia entre o crescimento e expansão das cidades e .... o ovo. Uma forma de representar de forma significativa a evolução das cidades ao longo de vários milénios, que se assemelha a um ovo cozido, ao ovo estrelado e ao ovo mexido.

"From its origins in the mists of time up until fairly recently, the urban form resembled a hard-boiled egg. The city was a dense, compact centre, protected by defensive walls from the evils of the wider world. (...) the rapid growth of population and industry around that time, caused cities to expand rapidly. This is the poached-egg model: the core retains its ancient function as the place of reference and the seat of power, but it is surrounded by expanding rings of residential and industrial areas, and infrastructural networks providing utilities and transportation. But the centre cannot hold. Like a star at the end of its life, the core of the city collapses under the weight of its own sprawl. The car has made it much easier (and cheaper) to live, work and shop near the ring roads than in the choked middle of town. This, the scrambled-egg model, is also the most relevant type of urban development today. And what type of egg will the city of the future resemble? This will probably depend on the future cost of mobility, which might become too prohibitive to sustain the present, scrambled-eggs model." (Stange Maps)

1 de novembro de 2011

Fórmula 1 na sala de aula

Uma ideia original para a utilização da Fórmula 1 na sala de aula de Geografia, a propósito da necessidade de prever o estado do tempo. Uma ideia de John Sayers e Alan Parkinson, aqui.